O mercado brasileiro de soja iniciou um movimento de busca por estabilidade, impulsionado pelas incertezas sobre o andamento das safras na América do Sul, o ritmo de plantio nos Estados Unidos e os desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China. A análise é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que observou, na última semana, uma leve reação nos preços internos, após perdas acumuladas em semanas anteriores.

No mercado spot nacional, a movimentação segue limitada. Enquanto compradores seguem pressionando por aquisições a preços mais baixos, muitos produtores permanecem retraídos, aguardando uma valorização mais consistente do grão. A postura cautelosa dos vendedores reflete a expectativa de recuperação dos preços diante dos fundamentos externos.

Fatores climáticos também vêm influenciando o comportamento das cotações internacionais. As condições adversas nos Estados Unidos e na Argentina têm sustentado os preços da soja no mercado externo, trazendo algum suporte ao mercado interno brasileiro.

Segundo os pesquisadores do Cepea, ainda é cedo para projetar uma tendência firme, mas o cenário segue em monitoramento constante por agentes do setor, atentos ao impacto do clima, à dinâmica comercial internacional e às decisões dos grandes produtores globais.