“Revolução” brasileira levou o agro ao sucesso

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“Revolução” brasileira levou o agro ao sucesso

Há pouco mais de 50 anos, o Brasil era um país importador de alimentos, com o campo marcado por pobreza e baixa produtividade. A guinada veio com a criação da Embrapa, responsável por revolucionar a agropecuária tropical, desenvolvendo tecnologias como o plantio direto e a tropicalização da soja, que tornaram o país um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.

Graças a esse avanço, o agronegócio passou a responder por cerca de um quarto do PIB e por mais de 20 milhões de empregos, segundo Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), da Academia Brasileira de Ciência Agronômica e do Comitê Científico da ABELHA. “Na esteira do sucesso do agronegócio, floresceram cidades no interior do Brasil, plenas de oportunidades de emprego e renda, altamente progressistas e com elevada qualidade de vida. Seu surgimento aplacou a pressão migratória que inchava as periferias das grandes cidades do Brasil, que originaram desafios até hoje difíceis de superar, como atender suas necessidades básicas de saúde, educação, transporte, moradia, segurança e oportunidades de renda”, comenta.

Apesar disso, Gazzoni alerta para um risco iminente: a aposentadoria compulsória de pesquisadores aos 75 anos, como determina a Constituição Federal. Ele próprio, com uma trajetória iniciada na Embrapa em 1974, teme que o Brasil desperdice um valioso patrimônio intelectual, formado ao longo de décadas com recursos públicos, sem mecanismos de aproveitamento do conhecimento acumulado por esses cientistas veteranos.

“O seu conhecimento, a sua experiência, que poderiam contribuir muito mais para o desenvolvimento do Brasil e do mundo será relegada ao baú do tempo, sem qualquer utilidade para a nossa sociedade. Quanto tempo e quanto dinheiro será necessário para que um eventual seu substituto alcance o mesmo nível de excelência? E que, ao atingir, será ceifado da mesma forma que ela o será… Não é assim que são tratados os cientistas de países desenvolvidos, que possuem inúmeros mecanismos para reter sua inteligência a serviço de suas nações e seus povos. Isso pode fazer toda a diferença no desenvolvimento das Nações”, conclui.

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