Definida como arte e ciência que estuda maneiras naturais e artificiais de restaurar e melhorar as florestas e atender às exigências do mercado, conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a silvicultura se adapta a diversos objetivos e ecossistemas. E, como o Brasil possui uma ampla variedade de florestas, a atividade resulta em várias formas e abordagens para captar recursos. Conheça os tipos de silvicultura.
Para Erwin Hugo Ressel Filho, engenheiro florestal e professor na Universidade de Blumenau (FURB), em Santa Catarina, nenhum tipo de silvicultura é intrinsecamente bom ou ruim. O que determina a sustentabilidade é o contexto em que está inserido, o manejo adotado e os objetivos socioambientais.
“Em um cenário de mudanças climáticas, degradação ambiental e pressões por produtividade, a tendência mais promissora é a adoção de modelos integrados, e adaptados às realidades locais e baseados em conhecimento científico e participação social. A diversidade dos tipos de silvicultura não é apenas uma característica do setor, mas uma condição essencial para sua permanência e relevância futura”, pontua o especialista.
Silvicultura de produção
A atividade, também conhecida como silvicultura de florestas plantada, é voltada para a produção de madeira, celulose, carvão vegetal, por exemplo, com fim industrial e comercial. A principal característica é a escolha de espécies de crescimento rápido, como eucalipto e pinus.
Silvicultura de proteção
Como o nome sugere, o objetivo é proteger e conservar solo, água, clima e biodiversidade para as gerações futuras, sem o foco na exploração de madeira, como feita pela silvicultura de produção.
Silvicultura paisagística
Voltada à função estética e ecológica, como arborização urbana e parques, a silvicultura paisagística tem o objetivo de realçar a beleza escolhendo espécies com características visuais imponentes e marcantes.
Silvicultura de espécies nativas
Este tipo de silvicultura utiliza espécies nativas do bioma para promover a conservação e a restauração do espaço sem priorizar tempo de desenvolvimento. O objetivo principal é valorizar a flora.
Silvicultura de espécies exóticas
Diferente da anterior, emprega espécies de árvores exóticas que não são nativas do local, mas têm alto potencial produtivo, como eucalipto e pinus.
Silvicultura monoespecífica
A prática consiste no plantio de apenas uma espécie de árvore para otimizar a produção que tem fins industriais. Uma das vantagens é a padronização.