Desde 1º de abril, a Petrobras reduziu em R$ 0,45 por litro o preço do diesel vendido às distribuidoras. No entanto, essa diminuição não tem sido repassada ao consumidor final, especialmente aos produtores rurais, que continuam enfrentando altos custos no transporte da safra 2024/25 de soja.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, denunciou que postos de combustíveis e algumas distribuidoras estão se apropriando da diferença de preço para ampliar suas margens de lucro, impedindo que o desconto chegue às bombas.
Com a redução anunciada, o preço médio de venda do diesel A para as distribuidoras passou a ser de R$ 3,27 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel na composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passou a ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B.
Apesar dessas reduções, os consumidores finais não têm percebido queda nos preços nas bombas. A Petrobras já reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 por litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75 por litro ou 34,9%.
A situação tem gerado insatisfação entre os produtores rurais, que se sentem lesados pela falta de repasse das reduções de preço. A expectativa é que medidas sejam tomadas para garantir que os descontos concedidos pela Petrobras cheguem efetivamente aos consumidores finais, aliviando os custos de produção e transporte no setor agrícola.