A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituição fundamental para o desenvolvimento do agronegócio nacional, tem enfrentado cortes substanciais em seu orçamento destinado a pesquisas. Desde 2014, a verba federal para pesquisa e inovação na Embrapa sofreu uma redução de quase 60%, impactando diretamente a capacidade da empresa em conduzir projetos essenciais para a agricultura brasileira.
Em 2024, a Embrapa registrou um déficit orçamentário de aproximadamente R$ 200 milhões, comprometendo não apenas despesas fixas e institucionais, mas também projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Apesar de solicitações de suplementação orçamentária ao Ministério da Agricultura e a pastas da área econômica, os pedidos não foram atendidos devido a restrições fiscais.
Para 2025, a situação permanece desafiadora. O orçamento previsto para pesquisa agropecuária é de R$ 137,4 milhões, uma redução significativa em relação ao valor inicial aprovado para 2024, que foi de R$ 203,1 milhões. Diante desse cenário, a Embrapa busca alternativas para financiar suas atividades, incluindo parcerias público-privadas e a criação de fundos patrimoniais e de investimento.
A continuidade dos cortes orçamentários levanta preocupações sobre o futuro da pesquisa agropecuária no Brasil. A Embrapa tem sido peça-chave na transformação do país em uma potência agrícola, desenvolvendo tecnologias que impulsionaram a produtividade e a sustentabilidade no campo. A redução de recursos ameaça comprometer avanços científicos e tecnológicos essenciais para a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário global.
