O Fórum Permanente de Equidade de Gênero da CONFAEAB, promoveu, nesta segunda-feira, 15 de julho, o segundo encontro virtual sobre equidade de gênero na Agronomia. A atividade teve como foco o compartilhamento de experiências sobre projetos e ações desenvolvidas pelos membros do grupo. Estiveram presentes pela Confederação, o presidente Kleber Santos, a diretora de Equidade de Gênero, Flávia Homrich Kuhn e o diretor de Comunicação, Gilberto Fugimoto.
Na abertura da reunião, Kleber Santos ressaltou a importância da criação do departamento em 2022, quando a Confederação completava seus 95 anos. Segundo ele, “o setor representa um marco significativo nessa história e pretende provocar a discussão na Agronomia sobre a iniquidade nas relações de trabalho e representatividade”.
Durante o encontro, Camila Xavier Costa, diretora de Política Profissional da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE) e coordenadora de um grupo com 225 mulheres, destacou a importância da capacitação contínua para fortalecer a presença feminina em cargos de gestão e liderança. “Nosso entendimento é de que esse movimento para a equidade, ao longo do tempo, seja tão natural que, em um determinado ponto, não será mais necessário. O movimento nasceu com essa perspectiva”, relatou.
Outro destaque foi a apresentação do projeto “Engenheiras Agrônomas: Mulheres no campo, pioneiras, criativas e profissionais”, apoiado pela CONFAEAB e pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Piauí (AEAPI). Na ocasião, Teresinha de Jesus Alves Aguiar, diretora de Política Profissional da AEAPI, relatou a evasão das alunas da Agronomia no Estado por questões de assédio e enfatizou a discrepância entre o alto nível educacional alcançado pelas mulheres e sua sub-representação em posições de destaque no mercado de trabalho, mesmo quando concursadas.
De acordo com Flávia Kuhn, a participação e representatividade das mulheres no setor agropecuário têm aumentado nos últimos anos, mas o trabalho precisa continuar. “Esta é uma batalha por reconhecimento e valorização, fruto da determinação e esforço que temos visto até hoje. Precisamos assegurar a equidade de gênero para construir um futuro sustentável”,